Atleta Corporativo

Revista EXAME -
e o que mais atrai as empresas americanas -- é o chamado atleta corporativo. O que é isso? "Durante a semana o atleta corporativo é capaz de produzir muito durante 12 horas por dia", diz a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da Isma-Brasil. "Mas, acabado o expediente, ele consegue se desligar do trabalho e recarregar suas baterias." É isso que o diferencia de um workaholic. O atleta corporativo tira férias e não fica telefonando para o escritório a cada dois dias para ver se está tudo em ordem. Se ele tiver de trabalhar no fim de semana, vai tirar um dia de folga depois. Ele gosta do trabalho, é muito produtivo, mas não vive só disso.



O termo atleta corporativo foi cunhado pela consultoria LGE Performance Systems, que no início dos anos 70 começou a trabalhar na preparação de esportistas. Em meados dos anos 80, os consultores da LGE perceberam que os princípios que separam um bom atleta de um atleta excelente poderiam ser aplicados também no mundo corporativo. Atualmente, 90% do faturamento da LGE vem do treinamento de executivos e apenas 10% das atividades com esportistas. Em janeiro do ano passado, as idéias dos sócios da consultoria foram transformadas em artigo da Harvard Business Review.



Para o nutricionista Jack Groppel, da LGE, o segredo é conseguir equilibrar estresse com recuperação. "Os executivos precisam aprender a se recuperar em quatro esferas: física, emocional, mental e espiritual", disse a EXAME. "Só assim vão tirar o melhor proveito de seus talentos e habilidades." Para isso vale repensar as prioridades de vida e aprender alguns "truques". Groppel aconselha, por exemplo, aos executivos que mantenham uma rotina com exercícios regulares e troquem seus hambúrgueres por refeições mais saudáveis. Recomenda que a cada 90 minutos de trabalho o sujeito se levante da cadeira e movimente um pouco o corpo (subir dois ou três lances de escada, por exemplo). Outra dica é, de vez em quando, trocar a baia por um lugar mais agradável. "Se você vai responder a 50 e-mails ou escrever um projeto, que diferença faz se estará dentro do escritório ou num banco da praça em frente?" Aprender a delegar e a dizer "não" a algumas tarefas também faz parte da cartilha.



Papo de guru new age? Sem dúvida. Mas, para empresas como Estée Lauder, IBM, Morgan Stanley Dean Witter, General Motors e Merrill Lynch, que já mandaram mais de 10 mil executivos ao centro de treinamento da LGE, na Flórida, o conceito faz sentido. Em abril, o banco Salomon Smith Barney vai despachar 700 funcionários -- inclusive o presidente -- para o treinamento.



É preciso deixar claro que as empresas que apostam no atleta corporativo não o fazem por diletantismo ou porque querem que seus executivos tenham mais tempo para levar o filho ao jogo de futebol. "O objetivo final é melhorar o desempenho", diz Groppel. Nesse ponto ele é categórico. "O excesso de trabalho nunca vai desaparecer", afirma. "Por isso, é melhor ter funcionários mais felizes e que estejam com a saúde em dia."



No Brasil, o grupo Pão de Açúcar tenta trilhar um caminho parecido. Mais do que oferecer refeitórios com comida saudável e academia de ginástica equipada, o grupo está mudando sua cultura. No lugar dos workaholics, o que o grupo procura são atletas corporativos. É verdade que os principais executivos devem deixar seus celulares ligados mesmo nos fins de semana. É verdade que suas metas continuam duras. Mas algumas mudanças de hábito ajudam a evitar que os funcionários passem a maior parte de sua vida dentro do escritório. "Já chegamos a proibir que as reuniões terminassem depois das 19 horas e até a desligar as luzes da sede nesse horário", diz Maria Aparecida Fonseca, diretora de recursos humanos do Pão de Açúcar. Reuniões no horário do almoço também são desaconselhadas.



Culturas como essa não se criam da noite para o dia. "Levamos quase quatro anos para chegar aonde estamos", diz Maria Aparecida. Exigem também cuidados que começam no processo de recrutamento do pessoal. Nos últimos tempos, Maria Aparecida introduziu um novo elemento antes de bater o martelo: no fim da entrevista decisiva para a contratação de um executivo, ela lhe entrega uma rede. "É para ele procurar duas árvores, pendurar a rede, deitar-se nela e decidir se o estilo do Pão de Açúcar é realmente o que ele quer em sua vida." Esse tal estilo, que segundo Maria Aparecida já se tornou até fator de atração, ajudou o Pão de Açúcar a se consolidar como a maior cadeia varejista do país e a encerrar o ano passado com um faturamento de 9,9 bilhões de reais.



Há outras -- poucas -- exceções. Observe o caso de José Vicente Marino, gerente nacional de vendas da Johnson & Johnson. Marino chega à sede da empresa, em São Paulo, às 6h30. Não para pegar no batente, mas para jogar tênis até as 8 horas. Pelo menos uma vez por semana, ele almoça na casa da mãe. Marino normalmente deixa a companhia às 19 horas e são raras as ocasiões em que leva trabalho para casa nos fins de semana. Casado e pai de um menino de 1 ano de idade, ele reserva sábados e domingos para a família. As férias anuais são sagradas, divididas em dois períodos de 15 dias cada um. "Há dias em que nem venho para a empresa", diz. "Dependendo do assunto, posso resolver tudo de casa."



A J&J já foi considerada por especialistas um celeiro de workaholics. "Há dois anos começamos a combater o que eu chamo de síndrome-de-sair-mais-cedo-que-o-chefe", diz Nilson Salustiano Gomes, diretor de recursos humanos da J&J. Uma das táticas empregadas foi instituir uma espécie de toque de recolher: após as 18 horas, mensagens como "saia com sua mulher", "já está na hora de pegar um cinema" e "hora da ginástica" piscavam na tela dos computadores dos funcionários.




O MUNDO REAL

O aumento do volume de trabalho nos últimos anos é universal. No Japão, uma pesquisa do governo feita em 1999 indicou que em 12% das empresas com mais de 500 funcionários a jornada de trabalho supera 60 horas semanais. É uma carga tão violenta que leva muitos trabalhadores à morte, normalmente por ataque cardíaco ou derrame, num fenômeno que foi batizado de karoshi.



Os brasileiros também estão trabalhando mais. Segundo dados do IBGE, a carga média de trabalho semanal aumentou uma hora na última década. Isso significa pelo menos quatro horas a mais por mês -- o equivalente àquelas duas sessões de cinema que você não tem mais tempo para freqüentar. Isso, é claro, não inclui os relatórios que alguém leva para fazer em casa nem o jantar de negócios com um novo cliente (hábitos também cada vez mais recorrentes). "Com a eliminação de diversos níveis hierárquicos nas empresas, os executivos hoje têm mais responsabilidades, são mais cobrados e têm de tomar decisões rapidamente", afirma Darcio Crespi, sócio da operação brasileira da Heidrick & Struggles, uma das maiores empresas mundiais de recrutamento de altos executivos.



Num cenário como esse, a tentação de atravessar a linha da dedicação saudável ao trabalho para se tornar workaholic é enorme. "As motivações do workaholic podem ser o ambiente corporativo, uma busca desenfreada pelo poder ou uma fuga de problemas pessoais", diz Alberto d'Auria, supervisor de saúde ocupacional do Hospital São Luiz, de São Paulo. Há conseqüências boas e ruins dessa obsessão pelo trabalho. No curto prazo, o workaholic consegue se destacar. Ele produz muito, está sempre disposto a aceitar novas tarefas, é um dos primeiros a chegar e só deixa o escritório tarde da noite. Com isso se torna alvo perfeito para promoções e aumentos. Mas agüentar esse ritmo por muito tempo é difícil. "Se você colocar um sapo na água fria e esquentá-la aos poucos, ele não vai perceber", diz Ana Maria. "Mas, quando chegar ao limite, ele simplesmente vai explodir."



Com o workaholic acontece a mesma coisa. "Como a vida dele é só trabalho, uma hora a conta vem", diz Maria Aparecida, do Pão de Açúcar. Nem sempre a ruptura é dramática -- causada por uma doença ou o fim de um casamento. "Conheci um executivo que só percebeu seu vício num dia em que estava na cozinha de casa e, ao olhar sua panela favorita, notou que há dois anos não fazia um bom peixe", diz Vicky Bloch, diretora da DBM do Brasil, empresa de recolocação de executivos. "E cozinhar era uma das coisas de que ele mais gostava na vida!"



Nenhuma empresa gosta de ter em seu quadro viciado em drogas ou em álcool. Mas em trabalho... por que não? "O workaholism é o problema mais bem-vestido do século 20", diz o psicoterapeuta americano Bryan Robinson. Por isso acaba se tornando uma saia-justa para algumas empresas. A subsidiária brasileira da consultoria McKinsey, por exemplo, negou-se a conceder entrevista a EXAME sobre esse assunto. Entre os diversos executivos procurados para esta reportagem, alguns solicitaram que sua identidade fosse preservada.



Empresas de tecnologia são um prato cheio para a multiplicação de viciados em trabalho. "Ainda temos muita gente que olha torto para o profissional que demora três horas no almoço ou que chega depois das 9 horas da manhã ao escritório", diz Cláudio Neszlinger, diretor de recursos humanos da filial brasileira da Microsoft. Na matriz, a situação é pior. "Há pouco tempo conheci um ex-funcionário da Microsoft que dizia ter sido demitido porque se recusava a trabalhar 60 horas por semana", diz a americana Gayle Porter, especialista em comportamento organizacional e uma das maiores especialistas em workaholism. Há quem não se incomode em pagar o preço. Numa reportagem publicada na revista americana Business Week há dois anos, Rick Belluzzo, atual presidente e COO da Microsoft, admitiu que seu recém-desfeito casamento fora abalado por sua devoção ao trabalho. "Claramente, esse estilo ao longo dos anos compromete relacionamentos", afirmou. À época, Belluzzo era CEO da Silicon Graphics.



Algumas empresas começam a adotar medidas para evitar os workaholics. No ABN Amro Bank, as luzes da sede se apagam às 20 horas, e o banco freqüentemente realiza palestras e cursos para os funcionários para tentar disseminar o conceito de equilíbrio. Mesmo assim, todo ano cerca de dez executivos são encaminhados ao centro psicológico do banco por apresentar sintomas do vício. E, ao contrário da matriz, na Holanda, a unidade brasileira do ABN não oferece o ano sabático aos empregados -- uma licença remunerada de três a seis meses para que o funcionário faça o que lhe der na telha, de uma viagem de veleiro a um retiro espiritual.



Resolver a equação qualidade de vida x trabalho é tarefa árdua mesmo para quem é considerado um bom empregador. Veja o caso do BankBoston, presença constante no guia As 100 Melhores Empresas para Você Trabalhar, publicado por EXAME anualmente. O banco oferece academia de ginástica e planos de saúde e de previdência de primeira. Além disso, há cerca de 15 formas de um funcionário ver seu trabalho recompensado (entre bônus e stock options). Adivinhe qual a maior queixa dos funcionários? Na edição de 2000 do guia, eles reclamavam das longas jornadas, que podem chegar a 14 horas. "Encontrar o equilíbrio não é fácil", diz Marcelo Santos, vice-presidente de recursos humanos do BankBoston.



O consultor Alfredo Assumpção, presidente da Fesa, empresa especializada em recrutamento de executivos para o mercado financeiro, é pragmático: "Os bancos podem implementar os melhores programas de qualidade de vida, mas no fim do ano quem ganha os melhores bônus é quem trabalhou mais". Assumpção, aliás, considera-se um ex-workaholic. Sua mulher esperou dez anos pela lua-de-mel porque ele nunca tinha tempo para tirar uma folga. A virada aconteceu há três anos, quando ele deparou com dois problemas: uma crise de angina e a fuga da filha, na época com 15 anos, que saiu de casa para viajar com um namorado. "Percebi que teria de mudar meu estilo de vida se quisesse recuperar a família e a saúde", diz ele. Assumpção deixou de lado os dois maços de cigarro que fumava diariamente, começou um curso de dança de salão e voltou a tocar o contrabaixo que havia ficado esquecido num canto da casa. Hoje, com 51 anos de idade, ele acredita que chegou ao ritmo ideal.



Na subsidiária brasileira da Ernst & Young, uma das maiores empresas de auditoria do mundo, o cerco aos workaholics apertou depois que um dos funcionários levou um susto. Há um ano, um de seus diretores, o carioca Marcelo Gomes, teve uma isquemia, nome dado à falta temporária de irrigação no músculo do coração, causada por uma combinação de hipertensão mal tratada com estresse. Gomes nunca se distanciava da empresa. Seus dois celulares permaneciam ligados o tempo todo. À noite e nos fins de semana era comum ficar ao telefone com clientes. Rapidamente se tornou diretor. "Aos 31 anos eu era uma espécie de prodígio", diz ele. "Só que, de repente, esse modelo foi parar no hospital."



O equilíbrio dos funcionários é agora uma meta pessoal do carioca Julio Cardozo, presidente da Ernst & Young. Cardozo acompanha mensalmente os relatórios de horas extras do seu pessoal e, se acha que alguém está exagerando, chama para uma conversa. Também passou a forçar os empregados a tirar as férias vencidas. Há alguns meses a consultoria vem distribuindo aos funcionários kits antiestresse (bolinha de espuma para relaxamento, máscara aromática para os olhos etc.). Workaholic em recuperação, Cardozo diz que só percebeu como se dedicava exageradamente ao trabalho na primeira vez que viu seu filho, que acabara de entrar na faculdade de medicina, vestido de branco. "Levei um susto", diz ele. "Quem era aquele homem na minha frente? Eu não me lembrava de ver meu filho crescendo..."



Quem nunca sentiu um baque continua a pisar no acelerador. É o caso do paulistano Mauro Calil, gerente de produto da Bacardi-Martini do Brasil. Solteiro, 33 anos de idade, Calil fica no escritório, em média, 12 horas por dia. Quando sai à noite, escolhe bares ou restaurantes que estejam oferecendo alguma promoção de suas bebidas. Nos fins de semana, aproveita para visitar supermercados e checar a exposição dos produtos Bacardi-Martini. Suas atividades físicas são restritas a caminhadas, mergulhos e rapel esporádicos (em geral, só pratica esportes nos feriados). Dorme pouco -- de quatro a seis horas por noite. Quando está de férias -- no máximo 20 dias --, telefona para o escritório duas vezes por semana. "Quando começo um namoro, vou logo avisando que o trabalho é muito importante para mim", diz Calil. Mas não se considera workaholic. "Eu adoro o que faço."



A frase, aliás, parece o mantra dessa legião. A alagoana Denise Areal, por exemplo, garante que não sente estresse, cansaço ou frustração por não ter muito tempo para a vida pessoal, porque é movida a desafios. O trabalho, para ela, é o maior deles. Aos 40 anos de idade, Denise se ocupa de três atividades: é diretora de marketing da DuLoren, dona de um ateliê de costura e comanda três lojas de lingerie. Quando chega em casa, o filho de 10 anos geralmente já pegou no sono. A maternidade não diminuiu seu ritmo. Quando o bebê tinha 1 mês de vida, Denise voltou ao batente. Dois meses depois, embarcou para a Europa a trabalho e ficou 25 dias fora. "Tinha pesadelos diários de que o bebê estava se sufocando com o edredom", diz Denise. "Eu era segura profissionalmente, mas não estava preparada para ser mulher e mãe." Hoje, quem vai às reuniões do colégio do garoto é o pai. E, para que o menino não sinta tanto sua falta, Denise organizou uma agenda cheia para ele. "Além da escola, ele faz inglês, tênis e tem aulas particulares." Mais um workaholic à vista...



Mesmo quem toca seu próprio negócio -- e não é obrigado a dar satisfação de horário ao chefe -- pode acabar preso na armadilha do vício do trabalho. Roberto Stern, herdeiro e diretor de criação da H. Stern, rede de joalherias que tem 160 lojas em 11 países, é um deles. "Faço esforço para me desligar, mas tenho muita dificuldade", diz Stern. "Estou sempre pensando na empresa." Um de seus hábitos é tirar os domingos para ler uma pilha de revistas importadas de moda, variedades, arquitetura e decoração. Leitura por prazer? Nada disso. Na segunda-feira, ele chega ao escritório com as revistas cobertas de anotações e manda recortes do que achou interessante para diversos departamentos da H. Stern. Aos 42 anos, separado, Stern é pai de Carolina, de 3 anos. Ele não abre mão de ficar com a filha, mas organiza sua agenda para que possa trabalhar no dia da semana em que ela fica em sua casa. Nesse dia, brinquedos e laptop convivem em sua mesa. De short e camiseta, Stern analisa documentos e relatórios e mantém-se conectado à empresa por telefone e e-mail.



"Trabalhar só oito horas não leva nenhum empresário para a frente." A frase do paulista Paulo Panarello, presidente da Panarello, a maior distribuidora de medicamentos do país, faz eco à de Charles Lazarus, o fundador da Toys "R" Us. Para Panarello, o trabalho é prioridade absoluta. Por causa disso, já perdeu festas de aniversário de seus três filhos e esteve ausente de comemorações do aniversário de casamento. Toda semana Panarello deixa a sede da distribuidora, em Goiânia, para acompanhar o desempenho das filiais de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Só retorna para casa no fim de semana. Para facilitar as viagens, possui o próprio jatinho. Até o ano passado, tinha o costume de dormir em alojamentos dentro das filiais. "Assim não perdia tempo me deslocando até o hotel e podia trabalhar até mais tarde", afirma. Outro hábito é carregar dois telefones celulares. "Ligo para todo mundo, cobro muito. Não sei como conseguia viver antes do celular."



A cobrança a que Panarello se refere pode tornar-se um efeito colateral do workaholic. Quem convive com um sujeito viciado em trabalho muitas vezes se vê obrigado a seguir seu ritmo (atire a primeira pedra quem nunca enrolou no serviço para não ir embora antes do chefe porque pegaria mal...). "Já ouvi muitas vezes subordinados pedirem para eu pisar no freio porque ninguém estava agüentando o tranco", diz o presidente de uma empresa brasileira com faturamento superior a 350 milhões de dólares. "Azar o seu, é o que eu respondo", diz, em tom de brincadeira. O executivo não se considera workaholic, mas admite que trabalha muito e pensa na empresa 24 horas por dia. Na mesa-de-cabeceira, mantêm bloco e caneta para anotar as idéias que surgem no meio da noite. É comum também que ele chegue ao escritório com anotações feitas em guardanapos de papel -- assuntos importantes de que ele se lembrou no meio de uma refeição. Nas férias de dez dias que costuma tirar, não leva computador, mas telefona para o escritório em dias alternados. Ele diz que já foi ainda mais dedicado. "Cheguei a trabalhar sete dias por semana durante meses porque tinha responsabilidades para as quais não me sentia preparado", diz. "Com o tempo você ganha segurança e pode equilibrar melhor a vida."



Agora, prepare-se para a última má notícia desta reportagem: nenhum dos entrevistados workaholics ou "recuperados" acredita que poderia ter alcançado a posição que ocupa hoje na carreira se não tivesse colocado o trabalho em primeiro lugar. Nem mesmo quem enfrentou problemas de saúde ou familiares por causa do vício mostra arrependimento. Em bom português, como costuma dizer um dos mais requisitados executivos brasileiros, presidente de uma companhia da área de telecomunicações: "Se quiserem subir na vida, vão ter de pisar na lama".




Colaboraram: Daniela Diniz, David Cohen, José Maria Furtado e Virginie Leite


Fonte:Revista Exame On-line

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